domingo, 29 de janeiro de 2012

Vasos de fibra de coco, como recuperá-los.

Percebi que os vasos tipo xaxim feitos de fibra de coco se desmancham com o tempo.

Vaso desmanchando


Isto acontece porque estes vasos não apresentam a estrutura vascular (sabiamente desenvolvida pela natureza) que forma os vasos* extraídos do caule da Samambaia-açu. (ver: http://leladodedoverde.blogspot.com/2011/03/plantas-de-toda-casa-samambaia.html)
*Lembrando que  não devem ser usados.

Para evitar de jogá-los fora pensei em uma maneira de fortificá-los e prolongar sua vida útil.

A ideia é revestí-los com juta que é um material fácil de encontrar e barato, além disto mantém a aparência rústica originaldo vaso.

Então:

Mão na massa!


Material:


Material



  • Juta (pode ser encontrada em armarinhos, papelarias e lojas de tecido),
  • Agulha de costura,
  • Linha de Nylon* (utilizada para pesca ou artesanato) e
  • Tesoura.
*Gosto de usar a linha de nylon por ser transparente e resistente.

Como fazer?

1. Meça a circunferência e a altura de seu vaso:

Medidas

2. Corte a juta deixando sobras de 10cm na altura e  5cm na circunferência:

3. Junte as pontas da juta, colocando A sobre B e costure, nos lugares indicados pela linha pontilhada azul, formando um saquinho:

4. Vire o saquinho do avesso para que a costura não fique pra fora:

Como costurar

Saquinho pronto
5. Coloque o vaso que está desmanchando dentro do saquinho:


6. Dobre o que sobrou para dentro do saquinho e arremate com alguns pontinhos para fazer o acabamento:



Algumas outras idéias:

Vasinho duplo de fibra de coco

Enrolei com juta  este tronco onde a orquídea está fixada, ele está muito velho e se desmanchando. Por dentro da juta coloquei   fibra de coco e casca de pinus para que sirva como substrato.







segunda-feira, 4 de abril de 2011

Planta de toda casa - Onze horas

ViDa by Namuchila
ViDa, a photo by Namuchila on Flickr.
Portulaca, ou Beldroega.

Por que honze-horas?
 Onze horas porque é mais ou menos o tempo de vida de cada flor que flores são vistosas e sensíveis, abrem logo no começo da manhã e ao fim do dia já estão mortas.

São muito comuns, muitas vezes "aparecem sem ser convidadas" pois sua germinação é fácil e ocorre durante o ano todo.
São classificadas como daninhas, pois são frequentes em pomares e outras culturas.

Lembrando que pode-se chamar daninha qualquer planta que apareça fora de contexto e que pode "atrapalhar" o equilíbrio do ambiente. Por exemplo, certas palntas presentes em algumas culturas, como milho, podem competir por espaço e nutrientes, como podem também enrolar nos equipamentos e causar danos entre outros problemas. Outro exemplo claro, em gramado há plantas que aparecem e podem arranhar crianças que brincam ali ou enrolar em pêlos de animais.

Para mim são mais lindinhas que daninhas. :)

São plantas pequenas, suculentas e herbáceas, crescem prostradas, ou seja "esparramadas" no chão. Estas características fazem com que sejam muito usadas em bordaduras, jardineiras, maciços, canteiros e em forração.
Devem ser cultivadas a pleno sol, em solos estercados, com boa permeabilidade e rega constante.
Seu ápice de floração se dá no verão e apresentam coloração rosa intenso, branca, amarela, e roxa dentre outras.
Uma vantagem que apresenta diante de outras suculentas é que esta é tolerante ao frio e passa com firmeza até por geadas.

Portulaca oleracea by ch.deff
Portulaca oleracea, a photo by ch.deff on Flickr.


Encontra-se no mercado e em jardins duas espécies principais. Portulaca oleraceae L. e Portulaca grandiflora Hook.
Esta última é mais usada para hornamentação pois suas flores são maiores e possuem mais pétalas. Outra característica que ajuda na distinção é que  P. grandiflora apresenta folhas cilíndricas, em formato de agulha e P. oleraceae apresenta folhas ovadas (formato de ovo). Esta última também é usada para alimentação em algumas regiões do país. Veja: http://alimentacaoviva.blogspot.com/2007/11/beldroega.html.

Portulaca grandiflora by chinaphila
Portulaca grandiflora, a photo by chinaphila on Flickr.

CUIDADO!!! Não vá comer algo que não conheça, procure ajuda de quem conheça bem a planta e o preparo adequado. 

Dica verde: é sempre comum o surgimento espontâneo de plantas em vaso, jardins e etc.. Minha dica é que antes de sair arracando o que você não conhece dê tempo para que ela se desenvolva e você possa distinguí-la. Pode ser que ela fique linda onde nasceu ou você pode também transferí-la para um local mais adequado. Fui assim que aconteceu com algumas de minhas samambaias e outras plantas.

Acho que é isto.
Beijo! Beijo!

Letícia Assencio

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Apis melifera

Apis melifera by Cecília Vieira
Apis melifera, a photo by Cecília Vieira on Flickr.
Olha que perfeição a abelha trabalhando, com seu "porta malas" cheinho de néctar.
Gosto muito também do detalhe da inflorescência do "Picão" (Bidens pilosa). Fica mais fácil de perceber que na verdade são várias flores coladinhas uma na outra.

Adoro esta foto!!!

Parabéns Cecília!

Via Flickr:
Flor de picão (Bidens sp.)

*Pra minha amiga Letilda (não pelo picão, mas sim pela abelha!)
hehehe

terça-feira, 29 de março de 2011

Cabelo de Milho

O que são na verdade os cabelos do milho?
O milho (zea mays) faz parte da família Poaceae, popularmente chamada de gramíneas.
É uma planta com flores unissexuais , ou seja, uma flor para cada sexo. É também monóica, ou seja, apresenta os dois tipos de flor na mesma planta. Na parte de cima das plantas, estão as flores masculinas, responsáveis por espalhar os grãos de pólen e na parte de baixo, nas espigas, estão as flores femininas.
A espiga é na verdade uma inflorescência, ou seja, um conjunto de flores bem pequenas coladinhas ao sabugo. Sendo assim, cada flor fecundada vai resultar em um grão que estará bem coladinho ao outro.
Gineceu, parte reprodutora feminina
Na flor feminina há três partes principais:
ovário: onde ocorre a fecundação, e no caso do milho vai resultar em um grão para cada ovário
estilete: tubo por onde desce o material genético masculino
estigma: pota do estilete, parte que receberá o grão de pólen

E os cabelos?

Os "cabelos" são vários estiletes das flores que percorrem um longo caminho desde cada flor até a parte final da palha. Eles ficam expostos para que cada um receba seu grão de pólen e desenvolva o grão de sua respectiva flor.
Parte final da espiga
Nesta segunda foto  é possível ver com clareza as flores que foram fecundadas e formaram o grão e as flores não fecundadas. Observe que de cada flor não fecundada sai um "cabelinho".

segunda-feira, 21 de março de 2011

Plantas de toda casa - Samambaia

Tenho certeza que no top 10 das plantas mais populares estão as Samambaias!!!

Broto de Samambaia
Outra Certeza que tenho é que gosto tanto delas que não sei como começar e nem se serei objetiva. Vamos adiante...

As samambaias são palntas tropicais e possuem cerca de 11.000 espécies, podem variar de ervas pequenas a grandes arbustos como a Samambaiaçu.
           Desenvolvem-se bem em sombra, e meia-sombra,  é por isto que elas estão presentes em varandas, pergolados, cozinhas, ventilações e áreas-de-serviço. Costumo dizer que são as rainhas das varandas.
Como são plantas de ambientes tropicais precisam  de regas constantes e de permanecer em ambientes úmidos, muitas não resistem a luz direta e ao sol.
Seu cultivo pode ser feito em vasos e jardineiras suspensas com terra rica em húmus e bem drenada.
 Não florescem, pois são plantas que se reproduzem por esporos. Os esporos são aquelas bolinhas de coloração marrom  aparecem em algumas épocas  do ano na parte inferior das folhas.
Samambaia by ALiNe~
Samambaia a photo by ALiNe~ on Flickr.
Sua mulplicação vegetativa é fácil e pode ser feita por pedaços do rizoma que possuem gemas. Em sua grande maioria o rizoma é bem cheio de pelos.  Algumas vezes são confundidos com lagartas.

O caso do Xaxim:

Xaxim (Dicksonia sellowiana) é o feto arborescente, da família das dicksoniáceas, nativo da Mata Atlântica e América Central-Minas Gerais-Brasil by Cida Garcia
Xaxim (Dicksonia sellowiana) é o feto arborescente, da família das dicksoniáceas, nativo da Mata Atlântica e América Central-Minas Gerais-Brasil a photo by Cida Garcia on Flickr.

Sabe aqueles vasos de xaxim usados há alguns anos atrás que não se vê mais no mercado.
Pois bem, eles são retirados do tronco da Samabaia-açu (Dicksonia sellowiana Hook.) que é uma espécie de Samambaia que desenvolve troncos que podem chegar até 4 m de altura. Estas plantas são nativas do Brasil e apresentam crescimento bem lento. Para a retirada do tronco era preciso que destruíssem as plantas. E por causa desta prática ficaram seriamente  ameçadas pela exploração desordenada.
Então, vamos tomar a nossa parte da responsabilidade e comprar "Vasos tipo xaxim" feitos com fibra de coco, que também são ótimos e além disso, ecologicamente correto!
Dica verde:Conheço algumas pessoas que sempre compram samambaias e quando estão feias jogam foram e compram outras. Lembre-se que quando se joga esta planta fora não é só o seu dinheiro que vai embora, mas também, todo o tempo (que não é pouco) que ela demorou para crescer, além da água, luz, insumos e tudo mais que foi necessário para que ela chegasse até o mercado.
Por isto faça podas em suas samambaias sempre na época das primeiras chuvas, para que surjam brotos novos e elas fiquem sempre verdinhas e vistosas.
Fontes consultadas:
RAVEN, P.H.; Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2001. Biologia vegetal. Ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.

Beijos! Beijos!
Lela